Essa é a hora de administrar seu condomínio com o olhar para o futuro. Veja como alcançar resultados mais assertivos com um bom planejamento financeiro!
Ninguém gosta de viver para pagar boleto. Mas em muitos condomínios é isso o que acontece quando não há um planejamento financeiro.
E nada melhor do que o fim do ano para começar com essa prática saudável. Afinal, é a época em que o síndico já começa a organizar sua previsão orçamentária para o próximo período.
Se você, como síndico, ainda não aportou nessa praia, é bom apostar nesse porto seguro. Há pelo menos 4 boas razões para fazer um planejamento financeiro e evitar uma canoa furada!
Planejamento financeiro não é previsão orçamentária
Antes de tudo, é bom esclarecer um ponto: a previsão orçamentária e o planejamento financeiro são duas coisas bem diferentes.
A previsão orçamentária precisa levar em conta todos os fatores que podem passar por reajustes de valores: inflação, acordos coletivos profissionais, aumentos prováveis ou confirmados, etc.
A ideia é garantir verba suficiente para pagar as contas e prever imprevistos em quatro áreas:
- Obrigações anuais: segurança e Medicina do Trabalho, encargos sociais, sistema de combate a incêndio e de para-raios, desinsetização, desratização, limpeza de caixas d’água, etc;
- Manutenção ordinária: sistemas de segurança, elevadores, área de lazer, bombas, piscina, jardinagem, áreas comuns em geral, interfone, etc;
- Contas recorrentes: contas de água, luz, gás e telefone, seguro do condomínio, mão de obra, tarifas bancárias, administração, etc;
- Fundo de reserva: aquele caixa extra para despesas emergenciais e a cobertura de inadimplências.
Já o planejamento financeiro é totalmente estratégico, um olhar para o futuro. Aqui, a ideia é analisar a vida financeira do condomínio e buscar mudanças que gerem resultados mais assertivos a custos mais baixos.
Por que adotar o planejamento financeiro agora?
Você pode fazer um planejamento financeiro para dois ou para cinco anos. Mas lembre-se que, mesmo que você passe o cargo de síndico em dois anos, provavelmente, continuará sendo morador. Então, ao passar a estratégia adiante, como condômino você continuará sendo beneficiado.
1. Época certa para ajuste de contas e ações estratégicas
O fim de ano é perfeito para novas decisões e mudanças de rumo. No condomínio, nada melhor do que casar a previsão orçamentária anual obrigatória com ações estratégicas dentro de um planejamento financeiro.
O primeiro passo, então, é analisar como esses gastos são feitos ao longo do ano para entender o motivo de variações no fluxo de caixa.
Assim, é possível adotar ações que evitem desperdício de materiais, otimizar o uso das áreas comuns, organizar o fluxo dos elevadores ou até mesmo adotar novo índice de cálculo de reajuste e rotatividade de empregados, por exemplo.
Outro ponto importante é adotar soluções para evitar a inadimplência, como avisos, cobranças e até ações legais quando necessárias. Pode ser desagradável fazer isso com os próprios vizinhos, mas essas ações precisam estar previstas no planejamento financeiro – e serem levadas adiante no tempo certo.
2. Obras de grande porte mais bem organizadas
Há obras de grande porte que são inevitáveis e um bom planejamento financeiro deve levá-las em conta. Como são impactantes, devem ser pensadas com antecedência.
É importante fazer uma agenda preventiva e a arrecadação prévia para a troca de bombas, sistema de segurança e portões, reforma da fachada e a modernização dos elevadores, por exemplo. Assim serão executadas no tempo certo e sem peso extra para o condomínio.
3. Fundo de reserva e fim de cotas extras
O planejamento financeiro do condomínio oferece transparência nas contas e aumenta a previsibilidade de gastos. Com isso, as temidas cotas extras praticamente ficam sem razão de existir.
Lógico que imprevistos e emergências sempre podem acontecer. No entanto, o próprio fundo de reserva deve prever determinadas situações, como dispensa de empregados ou mudanças na legislação.
Dessa forma, se houver necessidade de uma arrecadação emergencial ela não será tão pesada.
4. Mais facilidade na prestação de contas
Fim de ano é época de previsão orçamentária – e prestação de contas, o que não é uma tarefa fácil.
O planejamento financeiro prevê um controle maior sobre todas as despesas, desde baixas bancárias e liquidações à atualização das cotas condominiais, análise do risco de inadimplência e investimentos.
A maioria dos síndicos acaba deixando para colocar tudo em dia no fim do ano, justamente por conta de tantas outras atribuições no decorrer dos meses. Mas esse não é o ideal, já que fica tudo acumulado para uma mesma época.
Por isso, para ter um bom controle é importante que o síndico conte com uma equipe treinada, que entregue relatórios regulares e soluções que facilitem a prestação de contas.
Uma administradora de condomínio ajuda o síndico profissional ou morador a identificar problemas e sanar dificuldades. Assim, criando uma estratégia de planejamento financeiro que tenha o bem do condomínio como principal foco.
De acordo com o Sebrae, a terceirização desses serviços é cada vez mais comum justamente para minimizar problemas legais, contábeis e fiscais.
Dessa forma é possível ter uma administração de condomínio acima do interesse de grupos, com o olhar voltado para o futuro e não apenas para resultados imediatistas.
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