A administração de condomínios em São Paulo ficou marcada por uma grande mudança de contexto mundial: a pandemia de COVID-19. As ações para conter a disseminação do vírus trouxeram mudanças fora e dentro dos condomínios.
Embora, as questões de convívio já existissem muito antes da quarentena, efervesceram e se tornaram as campeãs de audiência nos assuntos entre síndicos e moradores.
Dados de entidades do setor mostraram que a quarentena aumentou em 300% o número de reclamações entre vizinhos.
Se você é um morador, síndico ou funcionário de um condomínio sabe muito bem como esse momento está sendo desafiador.
Diversas administradoras de condomínios em São Paulo viram esse aumento de perto em seus SACs e atendimento ao cliente.
Moradores reclamando de moradores, moradores reclamando de síndicos, síndicos reclamando de moradores, colaboradores reclamando de moradores… Enfim, só reclamação.
Quais são as principais reclamações? Quem tem razão?
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Quais foram os principais desafios na administração de condomínios em SP?
São Paulo concentra a maior população condominial no Brasil e, consequentemente, maior número de problemas dentro deles. Isso, mesmo antes da pandemia.
Contudo, os problemas se intensificaram com a chegada do novo coronavírus, aumentando ainda mais o desafio de se administrar um condomínio em São Paulo onde.
Em determinados empreendimentos, nos deparamos com uma verdadeira batalha entre moradores. No meio dela ficou o síndico sem saber o que fazer e tentando solucionar os problemas de conflitos. Ou causando mais?
Fechamento de áreas comuns, restrição no uso de espaços, combate às aglomerações, problemas com vizinhos e uma série de outras questões passaram a ser motivos de calorosas discussões e divergências.
Quais foram as reclamações apontadas por moradores?
No topo da lista está o Barulho. Reformas, barulho provocados por crianças, festas nas unidades e latidos de cachorro, são quase 50% do total de reclamações registradas pelas administradoras de condomínios.
Esses já eram problemas presentes mesmo antes da quarentena, porém o número de queixas aumentou muito com as pessoas ficando mais tempo em casa.
Na sequência, estão as reclamações sobre decisões quanto ao uso das áreas comuns. Academias, salão de festas, quadras, playgrounds e churrasqueiras foram os principais motivos.
O que se viu nestes casos foi a dificuldade de consenso entre moradores e síndicos para o uso destes ambientes.
Principalmente porque não houve uma lei específica que orientasse ou desse um norte às regras de convívio na administração de condomínios em SP durante a quarentena.
Entenda melhor essa questão em nosso artigo: Novo normal da administração de condomínios.
E quais foram as reclamações dos síndicos?
Reclamações dos síndicos ao tentar administrar um condomínio em São Paulo durante a quarentena
A vida do síndico em SP não tem sido nada fácil durante esse período. Se você é um, sabe bem como ainda está sendo difícil.
De um lado, moradores reclamando dos vizinhos e querendo usar as áreas comuns. Quem é a primeira pessoa a quem os moradores recorrem quando querem fazer uma reclamação? O síndico.
Do outro, o síndico precisando tomar decisões que vão ao encontro das recomendações sanitárias para controle da disseminação do vírus. Algumas antipopulares, polêmicas e até autoritárias.
Até hoje há muita dificuldade em conscientizar os moradores no uso de máscaras nas dependências dos condomínios. Isso chega a representar quase 30% das reclamações por parte dos síndicos.
Além disso, o cenário ficou ainda pior com o aumento da inadimplência nos pagamentos das cotas condominiais. Reflexo da dificuldade financeira que atingiu o país como um todo.
Contudo, não podemos esquecer que o síndico tem suas responsabilidades legais.
Raio-X na relação entre Síndicos e Moradores durante a pandemia
A relação entre síndicos e moradores já é complicada com ou sem pandemia. Dessa forma, ela acabou produzindo um efeito de fermentação nas diferenças que já existem.
Administrar um condomínio requer muita habilidade para lidar com pessoas. E isso toma tempo do gestor e cria desgastes de relacionamento.
Esse é um dos motivos, entre vários outros, pelos quais os síndicos optam por contratar uma administradora de condomínios em São Paulo. Para que ela o ajude nas rotinas administrativas e diminua seus afazeres operacionais.
Por outro lado, os moradores querem usufruir do seu patrimônio, do lazer, da privacidade e segurança que a vida em condomínio pode oferecer.
Mas nem sempre entendem que é um ambiente coletivo, com decisões que prezem o princípio da decisão pela maioria e o respeito ao espaço individual do próximo.
Como resolver essa situação? Quem tem razão nisso tudo?
Essas seriam as perguntas que valeriam 1 milhão de reais em qualquer condomínio.
As respostas para elas podem vir de três palavras: Sossego, Saúde e Segurança.
Delas derivam atitudes que promovem um bom convívio e facilitam a administração de condomínios: bom-senso, respeito, coletividade, direitos e deveres.
Uma forma de buscar apoio à todas elas é conhecendo a Convenção e o Regimento Interno do seu condomínio. Muitas questões já estão previstas neles.
Você também pode consultar nossos E-books e materiais de apoio disponíveis em nosso site. Eles lhe ajudarão com orientações e recomendações para tornar o condomínio um ambiente melhor.
Resumo
Vimos que a pandemia do novo coronavírus mudou bastante a vida em um condomínio. Ou será que só potencializou o que já existia?
Seja qual for o diagnóstico, a vida em condomínio ficou mais difícil para os moradores e com mais responsabilidades para os síndicos. Fez com que a tarefa de administrar um condomínio fosse mais intensa e voltada para a administração de conflitos.
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