Ao visitar um apartamento, interessado em locar ou comprar, você normalmente esclarece algumas dúvidas, e entre elas a individualização da água e do gás.
À medida em que falamos de individualização destes itens, significa que o consumo e a prestação de serviço de cada um são separados.
Na mesma condição, o valor desses serviços, irá diretamente para o condômino e, assim, cada família paga por seu volume consumido, seja gás ou água.
E se o prédio não tem este sistema? Vale a pena implementar? As novas edificações são obrigadas a terem este esquema?
Vamos tirar essas dúvidas e saber um pouco mais deste assunto.
Nos edifícios onde não tem individualização da água ou do gás, há apenas um hidrômetro, isto é, a medição do consumo se dá apenas por ele.
A conta é dividida (rateada) entre todos os moradores, não importando quanto cada um está consumindo.
Há uma certa injustiça, não?
Num condomínio temos diversas categorias de moradores em relação a sua habitação: os que moram sozinhos, os que saem cedo de casa e voltam só a noite, os que tem pets, os que viajam aos finais de semana.
Com o fim da quarentena há quem, quase, não sai mais de casa, e ainda, os que se adaptaram ao home office e aqueles que abriram um delivery.
Em cada situação há um custo variável entre o uso da água e do gás.
No caso da água, quando há um mês com um valor fora da média, fica difícil saber se é um vazamento no apartamento, em algum encanamento do prédio ou se foi um aumento de consumo mesmo.
E com o gás, é da mesma forma! Não dá para saber quem está consumindo mais.
Algumas situações de descuido e desperdício, também, fazem parte destas despesas elevadas.
Para as construtoras havia uma certa dificuldade em aderir a individualização da água. A do gás é mais fácil.
O custo estrutural é mais alto e há, também, questões culturais. Porém, isso acabou.
Em julho de 2016, uma lei federal, a 13.312, conforme consta na descrição torna “obrigatória a medição individualizada do consumo hídrico nas novas edificações condominiais” a partir de 2021.
Em relação aos condomínios antigos, não há normatização complementar com esta lei, contudo, caso o síndico e os moradores se interessem, é possível analisar e mudar o processo.
Os sistemas de individualização mais conhecidos são:
Esta análise é o ponto chave, pois o investimento para a individualização tem variáveis em relação à:
É muito importante que se consulte empresas especializadas com projetos personalizados, afinal a obra é de extrema relevância e não se pode “economizar” neste tipo de reforma.
E, além do mais, após serem apresentados vários orçamentos, ela deve ser aprovada em assembleia.
Lá, vai depender se vai ser definida como obra útil ou necessária, e a partir daí, estima-se de quantos votos serão precisos para aprovação.
O primeiro argumento vem do lado financeiro. Estima-se que, com este processo, há uma economia que pode variar de 35% a 60% para o consumidor e até 35% dos gastos condominiais.
Outro ponto é que, com uma instalação de tecnologia moderna, não haverá necessidade de uma pessoa para medir, e isso torna o condomínio mais seguro.
O aproveitamento passa a ser igualmente racional e sustentável, pois agora, a conta é do próprio consumidor e logo vai gastar menos água. O planeta agradece, né?
Entre outras vantagens, podemos citar:
Percebeu o quanto se pode abolir qualquer tipo de reclamação com este sistema? O desconforto será eliminado e todos ficarão mais atentos.
Depois de todo o exposto, a individualização é uma alternativa de grande valia para um condomínio.
Por certo, verificamos que há uma distribuição mais justa das despesas, uma redução de custo e o controle dos gastos é mais visível.
Faça um planejamento! Analise as possibilidades e tenha consigo que o benefício virá em médio a longo prazo.
Agora, se realmente houver inviabilidade da individualização da água, não desanime. Execute algumas ações como:
É desafiador quando pensamos na coletividade, porém, a satisfação é sem igual quando acertamos no bem comum.
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