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22 dicas de segurança em condomínios: moradores, síndico e funcionários.

A violência urbana não sai das manchetes há anos, mas a maioria das pessoas tende a pensar que a segurança no condomínio é perfeita. Só que não é bem assim. Ela até poderia ser: se todos, moradores e colaboradores seguissem à risca algumas regrinhas básicas.

No entanto, com o tempo, a tendência é haver um certo relaxamento dessas normas de segurança. Por outro lado, a verdade é que algumas pessoas nem as levam muito a sério. Assim, delegando obrigações que também são suas para funcionários e síndicos.

Os resultados são surpresas desagradáveis, que acabam expondo a fragilidade de um sistema que já nasce falho pela simples falta de engajamento.

A segurança em condomínios é o item que aparece em primeiro lugar para quem escolhe viver nesse tipo de moradia. Assim, tornar o dia a dia mais seguro vai depender de atitudes corretas de cada pessoa que vive ou frequenta o ambiente.

O presidente da Habita Administradora de condomínios, Fernando Fornícola, explica que a segurança total de um condomínio é baseada no tripé: equipamentos, funcionários e moradores.

Abaixo, ele lista as principais dicas e medidas sobre segurança em condomínio para cada uma dessas três áreas. Confira:

Segurança em condomínios: equipamentos de segurança.

  1. Inicialmente, deve-se contratar uma empresa especialista para avaliar a segurança do condomínio. Ou seja, profissionais especializados irão analisar as possíveis falhas e vulnerabilidades para indicar os equipamentos e procedimentos mais adequados;
  2. Criar barreiras iniciais como muros, vegetação, cerca elétrica, portão duplo, clausúras, cancelas e guaritas (de preferência com vidros espelhados);
  3. Instalar câmeras adequadas e de boa qualidade. Não adianta investir em aparelhos com baixa definição de imagem ou que não funciona adequadamente à noite;
  4. Usar alarmes, sensores de presença e rádios comunicadores;
  5. Automatizar portões e cancelas;
  6. Adotar aplicativos de mensagens instantâneas como o WhatsApp para criar grupos de moradores com o objetivo exclusivo de manter uma comunicação sobre alertas de movimentações ou pessoas suspeitas.

O indispensável da segurança na parte administrativa

O uso da tecnologia é imprescindível em prol da segurança em condomínios. É uma aliada que minimiza bastante qualquer tentativa de assalto.

O acesso digital, o controle de encomendas e as mensagens via celular (por aplicativo ou WhatsApp) têm facilitado a vida dos moradores na questão da segurança.

Com esses procedimentos, as autorizações ficam registradas e disponíveis tanto para o morador quanto para a administração. É mais segurança para todos.

Falando ainda de tecnologia, o circuito de CFTV deve estar sempre funcionando e coberto em toda extensão condominial. Os acessos restritos devem ser respeitados e usados somente para quem é de direito.

Segurança em condomínios: funcionários e colaboradores externos.

7. O cuidado com a segurança de todos começa na contratação dos funcionários. Assim, é importante checar antecedentes e referências de cada profissional, inclusive estender esse procedimento aos prestadores de serviços, sempre que possível;

8. Investir em treinamentos, capacitações e reciclagem constante;

9. Estar sempre atento com prestadores de serviços terceirizados (companhias telefônicas e TV, por exemplo);

10. Estabelecer regras para entregadores. Logo, o ideal é que moradores retirem as encomendas na portaria, evitando que eles vão até os apartamentos ou casas;

11. Criar procedimento para corretores de imóveis. Pegar, previamente, autorização por escrito dos moradores com datas e horários definidos para as visitas;

12. Quanto à visita do corretor de imóveis, é importante que ele (o corretor) esteja em dia com seu CRECI e uma carta de autorização da imobiliária. E, igualmente, que o interessado seja registrado no sistema de controle de acessos do condomínio ou no antigo livro de visitantes;

13. Exigir cadastros atualizados para prestadores de serviços como domésticas e diarista. Ou seja, com prazo máximo de validade de até seis meses;

14. Um outro ponto importante é que tanto o porteiro, zelador e demais funcionários devem estar atentos. Se eles observarem alguma atitude suspeita devem saber como proceder e a quem se dirigir.

Como agir em casos de invasão?

A segurança em condomínio também deve prever casos de invasão. O síndico deve criar protocolos de proteção orientando a ação de colaboradores e moradores nesses casos.

Portas e portões devem ser mantidos fechados mesmo sob ameaça de desconhecidos. A Polícia Militar deve ser acionada imediatamente, assim como a empresa de segurança contratada e/ou o botão de pânico.

Nesses casos, moradores e demais funcionários devem ser avisados para não entrarem, saírem ou abrirem portas durante o desenrolar dos fatos. Da mesma forma, nenhuma pessoa estranha deve ter acesso ao local.

É muito importante também que todos os fatos sejam reportados à polícia, preferencialmente na ordem dos acontecimentos. Assim será mais fácil identificar os bandidos e tomar as medidas cabíveis.

Segurança em condomínios: os moradores.

15. Manter cadastro dos moradores atualizado com nome, número da unidade e placa de carro;

16. Frequentar, sempre que possível, as assembleias. Ou seja, principalmente, quando a pauta for sobre segurança;

17. Orientar as visitas dos procedimentos de segurança do seu condomínio. Consequentemente, entender que por mais que pareça incomodo os procedimentos na liberação da entrada, eles são a garantia da segurança para todos;

18. Combinar algum código ou senha para avisar o porteiro, em caso de perigo, na hora em que estiver entrando na portaria;

19. Redobrar os cuidados na garagem, que é um ponto de grande vulnerabilidade. Contudo, é importante obedecer às eclusas para que os seguranças e porteiros possam identificar melhor os ocupantes dos automóveis. Assim, ao estacionar, mantenha o carro sempre fechado e com alarme ativado.

20. Ao entrar e sair do condomínio, verifique a presença de estranhos nas imediações e veículos desconhecidos próximos aos portões;

21. Da mesma forma, preste atenção à postura dos funcionários da guarita e evite entrar ou sair se houver alguma situação inusitada. Ele pode estar sendo rendido por um bandido. Assim, se desconfiar de alguma atitude, não entre e comunique ao síndico o que está vendo;

22. Não acione os portões automáticos a longa distância e, depois de passar, certifique-se que estão bem fechados. Se perder as chaves ou o controle remoto, comunique imediatamente ao síndico.

“A segurança em condomínio é responsabilidade de todos. Dessa forma, é importante que todos tenham acesso às informações sobre os cuidados. Além das assembleias e convenções a comunicação precisa ser frequente, seja por meio de comunicados, circulares, quadro de avisos, cópias de manual, portais virtuais e newsletters digitais”, destaca o presidente da Habita.

Protocolos reduzem riscos e minimizam prejuízos

Protocolos servem para reduzir riscos através de procedimentos padrão. Eles devem ser definidos pelo síndico, repassados a todos os condôminos e revistos periodicamente em assembleias.

Além de protocolos para o dia a dia, é muito importante ter também os protocolos de emergência. Quanto mais pessoas souberem como agir e estiverem alinhadas aos procedimentos, minimizará os prejuízos em situações inevitáveis.

Portaria: um assunto delicado.

É sempre interessante manter um bom relacionamento com porteiros e vigias, ainda que sem excessos. Reconheça os esforços de cada funcionário, compreenda e elogie iniciativas em prol da segurança no condomínio.

Contudo, evite deixar objetos no local e nunca o “autorize” a receber encomendas ou a deixar alguém que não é morador entrar apenas porque já é conhecido do prédio.

Mais importante, toda triagem de quem entra e quem sai deve ser feita na parte externa do condomínio e a entrada só deve ser autorizada após a anotação das informações e a autorização explícita do morador em questão.

Morto de fome e aquela pizza chegou? Nada de mandar subir. Desça e vá pegar na portaria, mas só deixe o porteiro abrir a porta depois que o entregador, ainda que do lado de fora, tiver sido identificado devidamente.

Segurança em condomínios começa dentro de casa.

A forma como o morador age em relação ao seu apartamento influencia diretamente na segurança do condomínio. Por isso, mantenha um sistema de segurança simples, porém eficiente:

  • portas de acesso sempre trancadas;
  • janelas com trancas reforçadas e grades;
  • olho mágico 180 graus ou digital;
  • fechaduras quádruplas ou eletrônicas.

Na hora do descanso, procure trancar as portas intermediárias, isolar os cômodos e criar um canal rápido de comunicação com grupos de Whatsapp entre vizinhos ou familiares. A prevenção é o melhor sistema de segurança em condomínio.

Acesso aos dados de identificação.

Ainda sobre o dever dos moradores na questão da segurança em condomínios é a negligência do descarte de pacotes com dados dos condôminos.

As encomendas vêm com etiquetas com todas as informações para chegarem, sem problemas, ao destinatário. E, ainda, além das etiquetas, vêm as notas fiscais com mais referências inclusive.

Os criminosos estão cada vez mais organizados e atentos para adentrar aos prédios por estes meios, pois perceberam o aumento de entregas de produtos pela internet.

E qual o problema com isso? A questão está no descarte!

Recebemos pacotes de todos os tipos, abrimos logo as caixas e já descartamos no lixo. O que não percebemos é que nestas etiquetas contém nome da pessoa, endereço, telefone, cpf etc.

É um “prato cheio” para golpes como aberturas de conta, clone de cartão de crédito, pedido de empréstimos etc.

Além disso, eles podem entrar em contato com algum morador da casa e conseguir novas informações. Ou ainda, adentrar ao condomínio de forma muito mais simples.

Sendo assim, removam todas as etiquetas dos pacotes e rasguem em vários pedaços para que não seja viável a acessibilidade aos seus dados.

Discrição e atenção: dobradinha preventiva na segurança de condomínios.

Muitas pessoas de má-fé se informam sobre a rotina de moradores e funcionários de condomínios através de terceiros inocentes. Como você nunca sabe quem vai comentar o que e para quem, corte o telefone sem fio antes mesmo que ele comece.

Evite falar da sua vida, contar o que faz no dia a dia, caminhos rotineiros ou seus planos para o dia seguinte. Da mesma forma, oriente porteiros, faxineiros, empregada, etc, a fazerem o mesmo. Discrição também é uma questão de segurança.

Procure ficar sempre atento a quem faz muitas perguntas, repare se alguém está sempre por perto quando você chega ou se há carros parados na rua com alguém dentro, por exemplo.

Cuidados fundamentais com as chaves.

O cuidado com as chaves é fundamental na segurança em condomínio. Nunca deixe cópias com quem não é de casa, mesmo os colaboradores mais frequentes, como por exemplo, a empregada doméstica.

Se perder as chaves, apesar de ficar mais caro, é recomendado trocar todas as fechaduras e não apenas fazer outra cópia.

Quando viajar, não deixe a chave com pessoas estranhas ou voluntários para cuidar do animal de estimação. Confie apenas em familiares, em quem já conhece de longa data ou um vizinho mais próximo.

Isso vale tanto para as chaves de casa quanto dos acessos ao condomínio.

A segurança em condomínios merece atenção redobrada com os veículos.

Ao entrar e sair de carro, esteja sempre atento a quem está ao redor. Se houver alguém suspeito ao chegar, dê outra volta no quarteirão e/ou procure avisar à segurança ou à polícia.

Mantenha a identificação do seu veículo sempre em lugar bem visível para o porteiro.

Avise aos amigos que todas as regras de segurança no condomínio devem ser respeitadas. Assim como moradores devem ter um cadastro com dados básicos, visitantes também devem deixar suas informações.

▷▷ Confira mais dicas de segurança da Polícia Militar do Estado de São Paulo!

Colaboração coletiva: A base da segurança em condomínios

Resumindo: essas são algumas atitudes com as quais cada morador pode contribuir para evitar situações que coloquem em risco a segurança do condomínio.

Mas lembre-se sempre que todas as pessoas envolvidas nessa biosfera são responsáveis e devem estar em sintonia, buscando sempre as boas práticas de convivência em condomínio.

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